UCP Braga organiza Conferência Internacional sobre Jornalismo Digital

Os investigadores das Ciências da Comunicação, da Universidade Católica – Braga, convidaram a comunidade académica e os profissionais do setor a (re)pensar o papel da imprensa escrita no ecossistema digital, num Congresso Organizado pela Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FFCS) e pelo Centro de Estudos Filosóficos e Humanísticos (CEFH).
Foram três dias dedicados ao debate sobre os desafios que o paradigma digital coloca à imprensa escrita, a partir do pressuposto de que o modelo tradicional de produção, difusão e receção do jornalismo impresso experimenta atualmente uma complexa reconfiguração de contornos ainda imprecisos, do ponto de vista profissional, sociopolítico, cultural, económico, técnico, ético e jurídico. Entre os oradores estiveram Amílcar Correia (diretor adjunto do Jornal Público) e Manuel Molinos (diretor adjunto do Jornal de Notícias).
A Conferência, que teve como mote o centenário do Diário do Minho, contou, ainda, com a presença de especialistas renomados internacionalmente, como: Phiilipe Colombet, diretor digital do grupo Bayard Presse, Xosé López García, Professor Catedrático de Jornalismo na Universidade de Santiago de Compostela, Jane Singer, Professora de Inovação no Jornalismo na Universidade de Londres, Camille Laville, Professora de Ciências da Informação e Comunicação na Universidade de Nice, e Manuel Pinto, Professor Catedrático nas áreas de Estudos Jornalístico e Literacia para os Media, na Universidade do Minho.
"É nossa obrigação, enquanto universidade, ajudar a sociedade nas mais diversas áres e nesta em particular." Afirma o Professor Doutor Manuel Cunha, principal organizador do Congresso. O coordenador do Mestrado em Comunicação Digital (da FFCS) refere ainda a importência do assunto na atualidade pelas dificuldades que os meios de comunicação atravessão atualmente. Conclui com a ideia de que os jornalistas devem repensar a sua prática profissional - "Há mudanças. Não sabemos como será o futuro, mas essas mudanças requerem reflexão. Um segundo ponto, há necessidade de especialização. Não é fazendo o mesmo que os outros fazem que os jornais vão sobreviver, é precisamente fazendo aquilo que eles são bons a fazer.".